Em 1º de fevereiro, o executivo dinamarquês Anders Hedegaard sucedeu a Oliver Kastalio na direção geral e o executivo Hugo Mota assumirá o posto de CEO da Rodenstock Brasil em 1º de abril.

A corporação óptica alemã tem novidades em suas lideranças. Em nível global, o executivo Oliver Kastalio, que comandou a empresa por cerca de nove anos, partiu para um novo desafio profissional e, com isso, o executivo dinamarquês Anders Hedegard assumiu a posição de CEO em 1º de fevereiro.

Na Alemanha

Mestre em Engenharia Química, Hedegaard vem do setor de audição – era o diretor-geral da empresa dinamarquesa GN Hearing, uma das líderes do ramo. “Tenho o prazer de me juntar à Rodenstock como CEO. A empresa tem longa tradição e forte reputação, fabrica e distribui produtos mundialmente, utilizando as tecnologias mais inovadoras e com um enorme potencial de crescimento”, afirmou.

A corporação fechou 2018 com novos recordes, tendo evolução nas vendas e nos lucros. “Consegui administrar com sucesso a recuperação da Rodenstock nos últimos anos, definindo o rumo para um maior crescimento no segmento de saúde visual com a introdução de tecnologias de ponta, como a DNEye. Agora, é a hora de entregar a gestão com a consciência limpa”, despediu-se Oliver Kastalio, que partiu para um novo desafio profissional.

No Brasil

A subsidiária verde e amarela da Rodenstock também terá um novo líder: trata-se do executivo espanhol Hugo Mota, com experiência no setor e radicado no Brasil há vários anos – tem passagens pela Indo e a Cecop. O atual CEO Eliezer Lewin tem conduzido a transição nos meses de fevereiro e março ao lado de Mota, que será efetivado no cargo em 1º de abril. Segundo o comunicado oficial, os dois “trabalharão em conjunto para que a transição seja suave e, assim, garantindo a continuidade de processos, negociações e informações internas e externas” e o novo CEO seguirá com “o processo de desenvolvimento de novos produtos, a continuidade da qualidade e as parcerias firmadas de longa data”.

Hugo Mota: CEO da Rodenstock Brasil a partir de 1º de abril

Um pouco de história

O Brasil passou a ter uma filial da Rodenstock apenas em 2012, mas a empresa alemã já estava presente no país há quase um século. Tudo começou quando o avô materno de Eliezer Lewin, Jacob Rotstein, desembarcou no Rio de Janeiro em 1915, vindo da Polônia, em busca de uma vida melhor. Muniu-se de guarda-chuvas e, mesmo com um vocabulário composto por não mais que cinco palavras do português, se dedicou à venda desses produtos de porta em porta.

Problemas de comunicação à parte, conseguiu capitalizar-se para, em 1920, abrir no centro do Rio, mais especificamente na Avenida Senhor dos Passos, a Joalheria A Marquesa. É quando tem início a história da família com a Rodenstock, pois a joalheria – que também atuava como óptica – tornou-se ponto de venda exclusivo de lentes e armações da companhia alemã no país.

Em 1939, deflagrou-se a Segunda Guerra Mundial e, com ela, um festival de horrores, que incluiu, entre muitos outros, a “desapropriação” de várias indústrias em prol dos esforços de uma Alemanha molestada pelo nazismo. A Rodenstock foi uma delas e, ao final do combate, sobraram pouco mais que cinzas. No entanto, Rolf, o neto do fundador Josef Rodenstock, decidiu recomeçar do zero, retomando a fábrica.

O que lhe restava do contato com seus clientes mundo afora era apenas um caderninho de endereços. Não tardou para que viesse ao Brasil procurar Seu Jacob que, após ser convidado para ser o representante no país, declinou da proposta e convocou seu genro, o pai de Eliezer, para tocar essa empreitada. Assim, nasceu a Importadora Brasileira de Óptica, que mais tarde se tornou Indústria Geral de Aparelhos e Lentes, mais conhecida pela união de suas iniciais, a “Igal”.

Com a morte de seu pai, Eliezer e seu irmão Ronaldo passaram a comandar a empresa, com a segurança de já estarem mais que familiarizados ao dia a dia, já que ambos se iniciaram profissionalmente na Igal. Os anos passaram e Eliezer decidiu alçar um novo voo: em 1994, saiu para assumir a vice-presidência de uma empresa de engenharia e, em 2000, passou a atuar como consultor na área de estruturação de negócios. No entanto, com a precoce e repentina morte de Ronaldo aos 45 anos, em fevereiro de 2001, Eliezer voltou a ocupar a cadeira de CEO da Igal e também se manteve na posição quando a Rodenstock Brasil foi criada, em agosto de 2012.

Quase 150 anos e mais de 85 países

Fundada em 1877, a Rodenstock tem sua sede em Munique e mantém 15 fábricas de armações de receituário, óculos solares e lentes oftálmicas em 13 países. Emprega cerca de 4,9 mil pessoas em todo o mundo e conta com escritórios de vendas e distribuidores parceiros em mais de 85 nações.

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