O norte-americano Al Berg morreu domingo, 10 de março, aos 67 anos, após dois anos de luta contra o câncer. Foi cofundador da Marchon ao lado de Larry Roth e Jeff White – esse último morreu em novembro de 2005, aos 54 anos.

Dinâmico e apaixonado, o executivo tornou-se líder de uma de projeção internacional e era conhecido em todo o mercado óptico por sua personalidade visionária e influente. Também era membro atuante no The Vision Council, a entidade de óptica nos Estados Unidos e uma das mais importantes do planeta, e manteve-se na posição por cerca de um ano após vender a empresa para a VSP Global, em 2008, quando retirou-se dos negócios, passando a atuar em várias atividades filantrópicas e outros empreendimentos.

Berg também foi um dos executivos responsáveis por revolucionar, na década de 90, a relação entre moda e óptica, formatando um sistema profissional de licenciamento que gerou uma bem-sucedida operação baseada em design e identidade de moda, distribuição mundial e lucros tanto para os impérios fashionistas quanto para as corporações de óptica. Em 1992, assinou com Calvin Klein e, em 1999, com Donna Karan, dois ícones do estilo norte-americano e que renderam projeção mundial à Marchon. Rapidamente despediu-se de Donna Karan – em 2004-, mas respondeu com Fendi e Michael Kors, emplacando mais duas coleções de sucesso estelar no mercado, além de adicionar outras importantes marcas à seu portfólio. Donna Karan, diga-se de passagem, recentemente voltou à casa.

O atual presidente e CEO da Marchon, Nicola Zotta, declarou: “Al Berg foi um influente líder da indústria, atuando como cofundador, ex-presidente e CEO da Marchon Eyewear, e amigo de muitos no mercado. Desde que cofundou a Marchon, em 1983, com Larry Roth e Jeff White, trabalhou incansavelmente por mais de 25 anos para fazer da Marchon uma das líderes globais do mercado óptico mundial com um extenso portfólio de marcas icônicas, distribuídas em mais de 100 países. Al Berg fará imensa falta a todos que o conheceram e honraremos seu legado continuando a fazer da Marchon a mais admirada corporação de óptica do mundo.”

Tive a oportunidade de estar várias vezes com Al Berg em encontros pelo mundo afora e o entrevistei por duas vezes – inclusive, na primeira vez que veio ao Brasil, em 2006. Simpático e disponível, um ótimo cara para trocar ideias. Admirava sua capacidade de pensar em toda cadeia produtiva dos óculos: da criação à venda no varejo. Era um visionário, sem dúvida.

.

Siga a Lady