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O dia em que os óculos gatinho viraram Doodle do Google

Em 4 de agosto, o mundo celebrou os 116 anos da criadora dos óculos gatinho, a norte-americana de ascendência turca Altina Schinasi, e a data rendeu, para alguns países (o Brasil ficou de fora), um Doodle do Google, aquelas variações criativas do logotipo exibidas na página inicial do mecanismo de busca que comemoram feriados, datas importantes, aniversários de personalidades famosas, eventos culturais e científicos, entre outros temas relevantes.

E aí, é óbvio, eu preparei uma história especial sobre essa mulher que eu admiro muito. Com sua genialidade, Altina Schinasi transformou os óculos em acessórios de moda há quase um século. Ao longo de seus 92 bem vividos anos, atuou como escultora, cineasta, empreendedora, decoradora de vitrines, designer, inventora e ativista social. Também patenteou várias outras invenções ao longo de sua carreira e produziu documentários.

Altina Schinasi nasceu em Nova York em 1907, filha do rico imigrante turno Musa Eskenasi (que quando chegou à América tornou-se Morris Schinasi), inventor da máquina de enrolar cigarros.

Altina abriu mão de ser apenas uma socialite nascida em berço de ouro. Depois de se formar no ensino médio, estudou pintura em Paris, o que despertou seu apreço pelas artes. De volta aos Estados Unidos, estudou arte na The Art Students League em Nova York e trabalhou como designer de vitrines em várias lojas da Quinta Avenida. Durante esse período, teve a oportunidade de trabalhar e aprender com artistas que admirava, como ninguém menos que Salvador Dalí e George Grosz.

A inspiração para a criação dos óculos surgiu no final dos anos 30, enquanto trabalhava como designer de vitrines.  Ao passar por uma óptica próxima, notou que a única opção de óculos para mulheres eram peças sem graça: em geral redondas e meramente funcionais, que não valorizavam em nada a expressão feminina.

Essa insatisfação motivou Altina a pensar em algo diferente. Decidiu que ia criar óculos que transmitissem fantasia, mistério e romance. Inspirou-se no formato das máscaras de arlequim que havia visto no Carnaval de Veneza – coincidentemente, Veneza, bem ali do ladinho de um dos maiores polos de óptica do mundo, o Vale do Cadore. As linhas das máscaras que se projetavam para cima e abriam a expressão estimularam Altina, que começou a rabiscar e cortar modelos de papel do design que estava prestes a revolucionar o jeito de as mulheres usarem óculos.

Altina Schinasi e seus óculos Harlequin

Com a primeira coleção pronta e a marca criada – ela escolheu o nome “Harlequin” que é a palavra em inglês para “arlequim” – Altina abordou os principais fabricantes de óculos – todos rejeitaram suas criações, alegando que seu design era por demais vanguardista. Mas Altina não desistiu. Apresentou as peças na Lugene Opticians, na Madison Avenue, em Nova York, e o proprietário da óptica, Mr Lugene, acreditou em sua visão e pediu exclusividade da coleção por seis meses. E não deu outra: os óculos Harlequin rapidamente se tornaram um sucesso avassalador e renderam muita publicidade para Altina, que foi reconhecida por revistas importantes, como Vogue e Life.

Em 1939, Altina ganhou o prêmio Lord & Taylor Annual American Design Award por sua transformação vanguardista de armações de óculos em verdadeiros acessórios de moda. A Lord & Taylor foi a primeira loja de departamentos dos Estados Unidos. Fundada em 1826, tornou-se uma operação exclusivamente digital em 2020.

Logo que estabeleceu a produção e negociou acordos com lojas de departamentos, Altina abriu um escritório para cuidar do marketing e da distribuição e a popularidade das armações de estilo gatinho disparou. Ainda na década de 40, o próximo projeto criativo a chamou. A fim de se dedicar mais à arte, Altina vendeu sua empresa de óculos e se mudou para Los Angeles, para estudar na Jepson School of Art.

Mas os anos 50 receberam as criações de Altina de braços abertos. Era o pós-guerra e as pessoas estavam ávidas por novidades que até pouco tempo atrás eram consideradas fúteis e os óculos de estilo gatinho acertaram na mosca! Audaciosos na forma, também apostavam em acetato colorido e enfeites brilhantes para um efeito definitivamente atraente. Naquela altura, todo mundo queria usar óculos, seja de grau ou sol, mesmo que não precisassem, muito por conta de Altina Schinasi e seus óculos gatinho.

Marilyn Monroe: acima e abaixo, dois momentos de óculos gatinho

Até a Bausch & Lomb, então dona da Ray-Ban, que tinha dito não às ideias de Altina lá no começo, se rendeu e, em 1958, incluiu em sua grade uma linha exclusiva de modelos femininos bem coloridos e com detalhes decorativos. E a maioria das fábricas de óculos começou a perceber o poder do consumo do público feminino, dedicando-lhes coleções exclusivas e adicionando toques de estilo a seus modelos gatinho como diamantes, estrelas douradas e detalhes elaborados nas pontas das armações. Sem falar nas estrelas de Hollywood como Marilyn Monroe e Audrey Hepburn, que também aderiram ao gatinho.

Hoje, quase 100 anos após sua criação, o design de Altina Schinasi continua a influenciar as tendências em todo o mundo. Os óculos gatinho oscilaram em tamanho e popularidade nas décadas seguintes, mas jamais foram deixados de lado. Em 2008, com a chegada da febre retrô à óptica, o gatinho voltou com tudo e, desde então, segue firme e forte. Eu agradeço todos os dias, porque, sem dúvida, é meu estilo favorito de óculos.  

Vale dizer que além do nome “gatinho” (ou “cat eye” em inglês), esse tipo de óculos também ficou conhecido como “Manhattan” (por conta de ser a cidade natal do produto e da criadora), “Harlequin” (a inspiração original de Altina e nome da marca que ela criou) e “Upswept” (termo em inglês para descrever designs com linhas ascendentes, especialmente óculos).

Se você é um apoiador do Lady Óculos Pod, já recebeu em primeira mão na sua caixa de e-mails a imagem do Doodle de Altina Schenasi e mais algumas fotos sobre o tema.

Sailo sob novo comando

A Safilo Group nomeou a executiva Simone Ferraz como a nova Country Manager para o Brasil. Trata-se de uma promoção, porque Simone já está na Safilo desde 2019, como gerente de comunicação e marketing.

Simone Ferraz, a nova Country Manager da Safilo Brasil

Simone tem quase duas décadas de experiência no mercado óptico, com passagens por Oakley e EssilorLuxottica, e atuou tanto nos segmentos de luxo como de grande consumo.

O responsável pela área comercial da corporação italiana para a América Latina, David Anabitarte, saudou a promoção de Simone. “Gostaria de dar as boas-vindas a Simone nesta nova função. Seu sólido conhecimento do mercado de óculos e seu impulso comercial liderarão a estratégia local para atingir objetivos e crescimento. Simone comandará a equipe brasileira para fortalecer o relacionamento com os clientes e aumentar o reconhecimento e a inserção das marcas no mercado, aproveitando as capacidades da Safilo e alavancando os valores de qualidade e confiança. A nomeação de Simone mostra mais uma vez o compromisso da Safilo em fortalecer a estrutura da América Latina para continuar crescendo na região”.

Comunidades da óptica e da optometria unem-se para auxiliar as vítimas dos incêndios no Havaí

Em 8 de agosto, fogos brutais destruíram a histórica região de Lahaina, no Havaí. Enquanto ocorria o incêndio florestal mais mortal nos Estados Unidos em mais de um século, as comunidades da óptica e da optometria norte-americanas e europeias começaram a unir recursos para ajudar imediatamente os que sofreram enormes perdas.

A Associação de Optometria do Havaí enviou uma mensagem aos seus membros no dia dos incêndios, expressando solidariedade às vítimas e oferecendo apoio. Muitos optometristas e indústrias se mobilizaram para ajudar ópticos e optometristas locais e doaram produtos. Além disso, a Associação Norte-americana de Optometria destacou médicos membros no Havaí, que compartilharam suas perspectivas sobre a tragédia, além de colocar à disposição o Fundo de Socorro para Desastres da Optometria, oferecendo suporte financeiro para optometristas e estudantes de optometria afetados por desastres.

A VSP Vision (dona da Marchon) e a Associação dos Profissionais de Cuidados Visuais dos Estados Unidos também se mobilizaram para ajudar, fornecendo apoio financeiro e produtos para os empresários e exames de visão para as vítimas dos incêndios. Já a EssilorLuxottica e sua fundação OneSight também entraram em ação, oferecendo assistência médica e óculos para as pessoas afetadas, além de apoio às equipes de resgate.

Outra empresa que entrou em ação foi a Kering Eyewear, que adquiriu a Maui Jim em março do ano passado. Havaiana por excelência, a marca tem exatamente a devastada Lahaina como berço. Por meio da Maiu Jim, a Kering realizou uma doação ao Fundo Maui Strong da Fundação Comunitária do Havaí para ajudar os afetados pelo desastre e para apoiar os esforços de reconstrução dos impactados pelos incêndios. Segundo o comunicado oficial, “a Kering Eyewear e a Maui Jim estão solidárias às vítimas e suas famílias, (…), determinados a ajudar a restaurar e elevar a bela ilha de Maui”.

A trajetória da Maui Jim começou como uma pequena marca em 1980, com a venda de óculos de sol nas praias de Lahaina. Reconhecendo a necessidade de tecnologia que combatia o brilho intenso e os nocivos raios ultravioleta, enquanto realçava as cores vibrantes da ilha, a Maui Jim criou a revolucionária lente PolarizedPlus2. Inspirada na beleza e na cultura do Havaí, a missão da Maui Jim é espalhar o Espírito Aloha por meio de cores vivas, clareza e detalhes. Espírito Aloha é uma atitude de acolhimento, positividade e empatia, que permeia a cultura havaiana e reflete uma conexão sincera com as pessoas e o mundo ao redor.

Abióptica informa que a isenção do imposto em compras até US$ 50 pode chegar ao fim

Poderá ser atendido o pleito da Associação Brasileira das Indústrias Ópticas (Abióptica) e de outras entidades do setor produtivo de acabar com a isenção de imposto de importação de compras on-line de até US$ 50.

A medida está em discussão no ministério da Fazenda. “A Abióptica é favorável ao livre comércio e ao mercado aberto, mas não se pode deixar de proteger a empresa brasileira contra a concorrência predatória e desleal”, afirma a diretora executiva da entidade, Ambra Sinkoc.

O Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz) definiu a adoção, por todos os estados, da alíquota de 17% do Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Prestação de Serviços, o ICMS, em operações de importação por comércio eletrônico. “O empresário nacional paga impostos e gera empregos e, por isso, merece respeito e a proteção da legislação”, conclui a executiva.

Hoya lança plataforma de sustentabilidade

A Hoya Vision Care lançou um programa de sustentabilidade chamado “One Vision” (do inglês, “uma visão”). Incorporada em sua estratégia corporativa, a plataforma tem como objetivo fazer da companhia japonesa uma empresa mais conectada, consciente e significativa, focada em um futuro melhor.

O programa é baseado em três pilares: meio ambiente, comunidade e local de trabalho e tem sido implementado com sucesso em caráter interno há mais de um ano, segundo o comunicado oficial.

As iniciativas relacionadas ao Meio Ambiente incluem a redução de emissões do famoso CO2, o gás carbônico, por meio da redução extensiva do consumo de energia, tornando-se mais eficiente em suas operações globais e da meta de alcançar a totalidade do uso de eletricidade renovável até 2040, se não antes, e com uma meta intermediária de 60% até 2030; a prevenção de resíduos, através da redução significativa do impacto ambiental do uso de água na fabricação e de programas para reduzir, reutilizar e reciclar embalagens em toda a cadeia de suprimentos; além de proteção ambiental e segurança e saúde dos funcionários, atuando em conformidade com as normas ISO 14001 e ISO 45001.

Já o pilar Comunidade se concentra em reduzir a lacuna de cuidados com a visão, abordando aproximadamente os 2,2 bilhões de pessoas com deficiência visual ou cegueira. Segundo um relatório global recente sobre saúde ocular, de acordo com a Hoya, quase metade desses casos poderia ser prevenida ou corrigida oferecendo acesso adequado aos cuidados com a visão. Assim, por meio de iniciativas locais, a empresa promoverá triagens de cuidados visuais, fornecendo óculos a comunidades desfavorecidas. As equipes também participarão de atividades relacionadas ao Dia Mundial da Visão.

O terceiro pilar, Local de trabalho, tem como foco promover a cultura única de liderança sustentável da Hoya em todos os níveis, fundamentada em seus valores essenciais, atraindo e nutrindo talentos excepcionais e possibilitando conquistas excepcionais da equipe em um ambiente inclusivo.

Várias iniciativas já foram lançadas, incluindo uma plataforma de aprendizado sob demanda em toda a empresa, com mais de 16 mil cursos de treinamento em 13 idiomas, transformando a mobilidade interna de talentos por meio de um mercado de carreiras internas, elevando o padrão de seleção e desenvolvimento de lideranças e reinventando seu quadro de gestão de desempenho com base no feedback dos funcionários.

A área do site da empresa dedicada à sustentabilidade, aliás, informa que na Semana do Meio Ambiente, em junho, as equipes da Hoya no Rio de Janeiro e em São Paulo, acompanhadas de suas famílias, plantaram 140 árvores para celebrar a data. O progresso do programa One Vision será informado

Estudo revela que a saúde visual das crianças é negligenciada com frequência

Uma pesquisa recente conduzida pela Essilor, parte da EssilorLuxottica, aponta que, frequentemente, a saúde ocular e a visão das crianças são ignoradas pelos pais. O estudo, que coletou respostas de 1.019 pais canadenses na província de Quebec, mostra que um em cada seis pais nunca levou seus filhos ao oftalmologista, enquanto a maioria (81,1%) levou seu filho ao dentista no último ano.

De acordo com pesquisas, 80% de todo o aprendizado ocorre por meio da visão. No entanto, os resultados desse novo estudo revelam que cerca de 12 mil crianças na província (3,1%) tiveram uma queda no desempenho escolar antes que os pais percebessem que havia um problema de visão.

Segundo o oftalmologista, professor na Escola de Optometria da Universidade de Montréal, especialista em saúde ocular e porta-voz da Essilor, Langis Michaud, “as crianças não vão reclamar se seus olhos não estiverem bem coordenados ou se tiverem dificuldade em ver o quadro-negro na escola. Algumas dessas situações podem ser tratadas com exercícios ou lentes oftálmicas, mas não são tratadas se não forem detectadas. Muitos pais podem se beneficiar ao aprender mais sobre como os cuidados preventivos com os olhos podem ajudar a manter o sucesso acadêmico de seus filhos”.

Apenas um terço dos pais que participou da nova pesquisa indicou que a necessidade de lentes corretivas de seus filhos foi identificada durante uma visita regular a um oftalmologista ou ao médico da família. Michaud comentou também que até 2050, estima-se que metade da população mundial terá miopia e o que é mais preocupante é que 10% serão portadores de altas miopias.

A pesquisa também constatou que quase metade (44,7%) das crianças que enfrentam problemas de visão têm dificuldades antes que a necessidade de lentes corretivas seja detectada. Isso significa que um exame ocular pode fazer toda a diferença na vida de uma criança.

Outra conclusão do estudo é que quanto mais jovem a criança desenvolve miopia, mais rápida a condição provavelmente progredirá. Embora a miopia possa potencialmente levar a graves problemas de visão, a boa notícia é que, com exames oculares regulares, a partir de uma idade jovem, ela pode ser detectada precocemente, tratada e gerenciada.

Agora, vamos combinar, se a negligência com a visão infantil está assim no Canadá, que ocupa a 15ª posição no ranking do Índice de Desenvolvimento Humano das Nações Unidas, imagina aqui no Brasil, que está na posição 87º deste mesmo ranking?!?!?!?! É preciso batalhar pelo aumento de políticas públicas e por aquelas já existentes que se tornem ainda mais efetivas. Afinal, sem visão fica difícil receber educação né?

O evento dedicado às marcas independentes nos Estados Unidos

A gente está tão acostumado com as Vision Expo East em Nova York e West em Las Vegas, as feiras ópticas que dominam as duas costas dos Estados Unidos, que até se surpreende quando aparece um evento diferente. Pois é, eu descobri a LOFT Eyewear feira dedicada exclusivamente a marcas independentes de óculos que existe há cerca de 20 anos (!) e cuja próxima edição ocorrerá exatamente em setembro – olha eu aqui de novo destacando a importância deste mês para a óptica mundial no segundo semestre.

Trata-se da Loft Eyewear, agendada para 23 a 24 de setembro no Fort Mason Center em São Francisco, também na Costa Oeste do país, que no final de semana seguinte abriga a Vision Expo West, em Las Vegas.

O pontapé inicial do evento foi no ano 2000, quando as marcas Bevel e Face a Face se reuniram para dividir um loft na Rua 34 em Manhattan. Desse showroom charmoso que começou com duas empresas, a LOFT Eyewear se transformou em um evento que concentra agora uma considerável fatia do segmento de marcas independentes com eventos em Nova York e em São Francisco. Nesta edição de São Francisco, serão 30 expositores de vários países e, entre eles, Andy Wolf, Blake Kuwahara, J.F.Rey, Kio Yamato, Mr. Leight, Mykita e Nathalie Blanc.

O site da feira oferece a possibilidade de agendar antecipadamente os atendimentos com todos os expositores. Além de muitos óculos de marcas independentes, o evento terá barista, degustação de vinhos, serviço de alimentação e bebidas no final da tarde.

E só para rememorar, aí vai a lista das feiras ópticas de setembro:

9 e 10 de setembro • DaTE Eyewear, Florença, Itália

23 e 24 de setembro • LOFT Eyewear, São Francisco, Estados Unidos

27 a 30 de setembro • Vision Expo West, Las Vegas, Estados Unidos

28 a 30 de setembro • Ajorsul Fair Mercoóptica, Gramado, Brasil

29 de setembro a 2 de outubro • Silmo, Paris, França

Novidades no universo das marcas de luxo

Parece que o luxo norte-americano começa a querer fazer frente ao europeu. A Tapestry, que detém as grifes Coach, Kate Spade e Stuart Weitzman, anunciou a aquisição da Capri Holdings Limited, grupo que engloba Versace, Jimmy Choo e Michael Kors por US$ 8,5 bilhões.

A empresa consolidada operará sob o nome Tapestry.

Segundo o comunicado oficial, a fusão traz seis marcas complementares com alcance global. Combinadas, geraram vendas anuais globais superiores a US$ 12 bilhões, com presença em mais de 75 países, e lucro operacional ajustado de quase US$ 2 bilhões no último ano fiscal.

Essa união expande o portfólio e a diversificação em segmentos de consumidores, geografias e categorias de produtos:

– Estabelece uma casa de marcas icônicas de luxo e moda em diferentes segmentos de consumidores de atuação global.

– Amplia o portfólio da Tapestry no atrativo e resiliente mercado global de luxo, avaliado em mais de US$ 200 bilhões, para bolsas, acessórios, calçados e vestuário, áreas em que a empresa possui vasta experiência, enquanto fornece um acesso mais profundo aos consumidores e segmentos de mercado de luxo.

– Estende o alcance global e a diversificação geográfica, aproveitando as posições altamente complementares da Tapestry e da Capri Holdings tanto na Ásia como na Europa.

– Amplia a oferta de produtos da Tapestry por meio de uma penetração maior de categorias de estilo de vida, notavelmente calçados e roupas prontas, em que a Capri Holdings traz uma vasta experiência, com oportunidades adicionais de crescimento.

Além disso, essa fusão desbloqueia uma oportunidade significativa de sinergias de custos. Espera-se que haja mais de US$ 200 milhões em sinergias de custos dentro de três anos após o fechamento da transação, que deve ser concluída em 2024, apoiados por economia de custos operacionais e eficiências na cadeia de suprimentos.

De acordo com o Jing Daily, site chinês especializado em notícias e análises sobre o mercado de luxo, essa fusão estabelece uma clara concorrência direta aos conglomerados de luxo europeus LVMH e Kering Group, que dominam há muito tempo o segmento de luxo em caráter global.

Unindo forças, Tapestry e Capri Holdings têm como objetivo gerar uma receita combinada de cerca de US$ 12 bilhões, unindo um portfólio diversificado de marcas, desde o luxo acessível de etiquetas como Coach e Kate Spade até casas de alto padrão como Versace e Jimmy Choo.

A estratégia da Tapestry não se trata apenas de números, mas de posicionamento. Por anos, as grifes de luxo norte-americanas foram ofuscadas pelas suas equivalentes europeias, especialmente aquelas sob os guarda-chuvas da LVMH e do Kering Group. As grifes baseadas na Europa estabeleceram os padrões na moda de luxo e essa fusão é uma declaração clara da Tapestry de que o luxo norte-americano está pronto para competir no palco global.

E de que forma essa transação pode afetar a óptica? Pelo simples fato de que os acordos de licenciamento podem mudar de mãos ao final dos contratos vigentes. Eu até noticiei aqui no número 3 do Lady Óculos Pod que a Jimmy Choo deixou a Safilo após 15 anos rumo à EssilorLuxottica, já que as licenças para as coleções de óculos das duas outras marcas do Capri Holdings (Michael Kors e Versace) já pertenciam à corporação franco-italiana. Das três grifes da Tapestry, uma delas – a Stuart Weitzman – ainda não tem seu nome licenciado para coleção de óculos e as outras duas estão em domínios diferentes: Kate Spade está com a Safilo e a Coach, com a EssilorLuxottica.

Pega a Visão

Você conhece bem mesmo o seu cliente?

Hoje tem dica de série em Pega a Visão. Acabei de assistir à segunda temporada da super premiada “O Urso”, ou “The Bear” em inglês, que conta história de um jovem chef premiado que deixa Nova York rumo a Chicago para administrar a lanchonete da família após a morte do irmão mais velho.

Além de amar a série desde o começo por vários motivos, estou encantada com o episódio 7 desta nova temporada. Se você acha que conhece seu cliente, precisa dar uma olhada neste episódio.

Por conta da abertura de um novo restaurante de alta cozinha, um dos personagens vai fazer um estágio no restaurante mais estrelado de Chicago e aí é um show de alto atendimento, rigor e encantamento; de entender os desejos de cada cliente antes mesmo que ele chegue ao restaurante para este momento tão esperado, já que se trata de uma casa com longa fila de espera. E não estou falando daqueles clientes conhecidos da casa, cuja equipe já sabe gostos e preferências, como as duas rodelas de laranja no Guaraná ao ponto da carne. É de todo e qualquer cliente, inclusive checando suas redes sociais para conhecer melhor suas preferências.

Eu super recomendo. Cola lá no Star+ para assistir a “O Urso” e depois me conta o que você achou e o que vai fazer para conhecer ainda melhor seu cliente.

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