A corporação italiana tem um novo diretor comercial para a América Latina. A contratação segue o processo de renovação que a Safilo tem colocado em prática em 2018.
David Anabitarte, o novo diretor comercial para a América Latina
O executivo David Anabitarte é o novo diretor comercial da Safilo para a América Latina. O anúncio foi feito no final da tarde da sexta-feira, 22 de setembro, e representa mais uma etapa da renovação que a Safilo vem promovendo em seus quadros de liderança neste ano. Com mais de duas décadas de experiência no mercado (atuou como vice-presidente para América Latina e Caribe na Marchon Eyewear), Anabitarte terá como base o escritório da Safilo na cidade do México.
Fevereiro
O Conselho de Administração da companhia informou que a então CEO [do inglês, “Chief Executive Officer”, sigla que denomina o cargo de diretor executivo] Luisa Delgado decidiu se aposentar por razões pessoais a partir de 27 de fevereiro. Temporariamente, o cargo foi ocupado pelo presidente Eugenio Razelli.
Abril
Angelo Trocchia, o novo CEO da Safilo
O italiano Angelo Trocchia assumiu, no primeiro dia do mês, o posto de CEO. Com doutorado em Engenharia Naval pela Universidade La Sapienza, em Roma, o executivo teve uma carreira de 22 anos na Unilever: ocupou, desde 2013, o posto de presidente e CEO da Unilever Italia, além de cargos nas áreas de vendas e cadeia de suprimentos e líder da Unilever Israel no decorrer dos anos.
Em seu comunicado oficial, a Safilo declarou “o prazer de nomear um executivo com histórico sólido e internacional e experiência abrangente de 360° em gestão de negócios, capaz de liderar a empresa por meio de um desenvolvimento bem-sucedido, apoiado pela atual equipe de liderança”.
Junho
Stephen Wright, o novo diretor comercial para a América do Norte
Foi a vez de as mudanças ocorrerem na divisão América do Norte: o Chief Commercial Officer Henri Blomqvist, que comandou a região por dois anos, despediu-se em busca de novos desafios e foi substituído pelo executivo norte-americano Stephen Wright, profissional com longa experiência no mercado óptico com passagens pelas empresas da VSP Global, como vice-presidente sênior para as Américas da Marchon Eyewear, presidente da Altair Eyewear e, por último, presidente de soluções omnichannel da VSP Global.
Segundo o CEO, Angelo Trocchia, “a Safilo tem o prazer de dar as boas-vindas a Wright e contar com sua expertise e profundo conhecimento do mercado norte-americano, com diferentes dinâmicas e perfis de clientes. Os Estados Unidos são um mercado estratégico para a Safilo e o objetivo era selecionar um líder com extensa experiência nas necessidades dessa região, capaz de trabalhar lado a lado com os mais diferentes clientes”.
Agosto
Luca Dalla Zanna: o novo Country Manager da Safilo para o Brasil
Agora, o Brasil. Depois de três anos, a Country Manager [do inglês, “gerente regional”] Fernanda Calvet deixou a empresa e a Safilo contratou o profissional Luca Dalla Zanna para o cargo. Com 18 anos de mercado óptico, Dalla Zanna atuou como Country Manager nas filiais brasileiras da Luxottica e da Marchon.
Números
Em 2017, a Safilo teve vendas de € 1.047,0 bilhão diante do € 1.259,9 bilhão no ano anterior (queda de € 194 milhões em taxas constantes de câmbio); ebtida [sigla em inglês para “earnings before interest, taxes, interest, debits and amortization”, isto é, “ganhos antes de juros, impostos, débitos e amortização”] ajustado de € 41,1 milhões versus € 88 milhões em 2016; prejuízo líquido ajustado de € 47,1 milhões comparado com um lucro líquido de € 15,4 milhões no ano anterior. Por conta de itens não recorrentes, a empresa reportou uma perda líquida de € 251,6 milhões, enquanto os débitos líquidos ficaram de € 131,6 milhões face a € 48 milhões no final de 2016.
Já nos primeiros seis meses deste ano, o desempenho refletiu o declínio das vendas de solares na Europa no segundo trimestre e a contínua fragilidade dos negócios na América do Norte. O crescimento nos mercados emergentes e no segmento de armações de receituário foi destaque positivo. Houve progresso na redução de custos em linha com os planos, que compensaram parcialmente a alavancagem operacional negativa.
As vendas líquidas foram de € 492,2 milhões, perfazendo uma queda de 4,3% em taxas constantes de câmbio em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem ajustada do ebitda ficou em 5,1% das vendas, alinhada com a margem recorde alcançada no mesmo período do ano passado. As perdas líquidas foram de € 10,4 milhões comparadas com € 6,6 milhões no primeiro semestre de 2017, enquanto as dívidas líquidas bateram os € 171,1 milhões diante dos € 112,7 milhões no mesmo período.
A estimativa é que as tendências de negócios melhorem no segundo semestre, ao mesmo tempo em que a sazonalidade dos negócios esteja impedindo a recuperação total. A perspectiva para 2018 é de queda nas vendas líquidas de aproximadamente 3% a taxas de câmbio constantes em relação ao ano anterior e uma margem ajustada de ebitda entre 4% a 5% das vendas líquidas em comparação com 4% de 2017.
O comunicado oficial referente à performance da Safilo no primeiro semestre deste ano também trouxe uma adequação do seu plano de negócios para 2020: moderado crescimento das vendas em relação a 2018 e forte recuperação da rentabilidade, principalmente por meio do ajuste da estrutura de custos do grupo: espera-se que as vendas líquidas cresçam aproximadamente 2% entre 2019 e 2020 (cerca de 4%, excluindo a operação da Gucci), enquanto a margem do ebitda deve aumentar significativamente, atingindo 8% a 10% das vendas em 2020. A expectativa é que, a partir de 2019, o fluxo de caixa torne-se positivo.
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