Lady Óculos Showcase :: Lanvin Eyewear

O espaço para divulgação de produtos e serviços no Instagram da Lady Óculos (@ladyoculosoficial).

Mais uma novidade no portfólio da Marchon, que dá as boas-vindas à Lanvin, a grife francesa cheia de atributos. Recebo o diretor comercial da Marchon Brasil para conversar sobre a trajetória e o DNA da marca, além da coleção de óculos e dos argumentos de venda.

Um pouco de história

Jeanne Lanvin, nasceu em 1867, em Paris, e cresceu em um lar modesto, ao lado de dez irmãos. Aos 13 anos, começou como aprendiz de costureira e logo tornou-se assistente da designer de chapéus Suzanne Talbot, com quem trabalhou por mais de dez anos. Em 1889, aos 22 anos, abriu sua pequena confecção de chapéus.

Dois anos antes, Jeanne teve sua única filha, Marguerite Marie-Blanche di Pietro, seu grande amor e musa. E desse estreito vínculo entre mãe e filha nasceu uma das mais famosas casas de moda francesas.

Aos olhos de Jeanne, nada era suficientemente lindo para Marguerite, que se tornou a primeira fonte de inspiração para a mãe, que projetou uma espécie de guarda-roupa dos sonhos de qualquer menina.

Seus chapéus podiam agradar às mulheres, mas nada como as roupas que Jeanne confeccionava para a filha. Era comum ver a menina vagando entre as prateleiras de chapéus, onde recebia elogios por seus trajes elegantes. Além disso, as mães de suas amigas rapidamente notaram a beleza dos looks da menina. Jeanne percebeu a oportunidade e, em 1908, inaugurou uma área dedicada a roupas infantis.

No ano seguinte, as vendas de roupas para criança já superavam às dos chapéus. Jeanne Lanvin percebeu que era hora de levar sua casa de moda a uma nova etapa. Abriu um departamento para moças e mulheres, fazendo mães e filhas escolher e usar, juntas, os looks Lanvin. Eram roupas para o dia a dia, vestidos de noite, casacos e lingerie: Paris se apaixonou pelo universo de Madame Lanvin.

Vanguarda por essência

Jeanne Lanvin acumulou uma lista de pioneirismos ao longo de sua carreira:

A primeira casa de moda parisiense que se instalou pioneiramente na Rue du Faubourg Saint-Honoré – há muito um reduto de lojas de marcas de luxo e moda.

A primeira criadora de moda a defender que as mulheres tivessem um estilo pessoal, independentemente da idade ou da condição social

A primeira coleção de moda infantil (1908)

A primeira maison a oferecer uma coleção de moda masculina sob medida (1926)

A primeira a lançar um perfume unissex (1933) – nessa altura, Madame Lanvin já tinha 1,2 mil funcionários, muitas lojas e várias filiais pelo mundo afora, tudo graças à visão de uma brilhante mulher.

Ainda na década de 20, o universo Lanvin era composto por decoração, modas feminina, masculina e esportiva, além de peles e lingerie. Outro destaque foi a criação da Lanvin Parfums com o lançamento de fragrâncias como o My Sin, em 1925, para o mercado norte-americano, e o icônico Arpège, em 1927 – esse último foi um presente de aniversário para a filha.

Sua paixão pelas cores a estimulou a abrir uma fábrica para tingimento de tecidos em 1923. Além disso, várias de suas práticas estabeleceram condutas para as marcas que surgiram nas décadas seguintes e para a indústria do luxo até os dias de hoje.

Madame Lanvin era autodidata e não desenhava; ela trabalhava muito com os materiais e trocava ideias com sua costureira-chefe, que ficava responsável por executar suas criações. Um detalhe curioso de sua personalidade é que era avessa a eventos sociais, preferia o convívio íntimo com artistas, escritores e músicos na fervilhante e cultural Paris do período entre guerras. A decisão de contrariar sua natureza, socializando-se, tinha um único objetivo: observar as elegantes parisienses para antecipar seus futuros desejos de estilo.

O estilo Lanvin

Jeanne Lanvin firmou-se como a estilista mais proeminente das décadas de 20 e 30. A influência das roupas que fazia para a filha nas criações para mulheres adultas atribuiu um estilo jovial à moda feminina da época, com cores claras, estampas florais, acabamentos delicados, laços e bordados.

Uma de suas marcas registradas foi o modelo de vestidos chamados de robes de style, que se caracterizavam por decotes amplos, cinturas baixas e saias volumosas, com drapeados ou plissados, de tecidos nobres como tafetá de seda, veludo, chiffon e renda. Os robes de style fizeram o contraponto ao chemisier (do francês, os vestidos estilo camisa), de corte reto e aparência mais austera, bastante populares nos anos 20.

Sucessão

Com a morte de Jeanne Lanvin, em 1946, sua filha Marguerite Marie-Blanche assumiu os negócios e a direção criativa da marca. Em 1950, o espanhol Antonio Canovas del Castillo foi o primeiro estilista contratado, cargo que manteve até 1963. Marguerite não teve filhos e, quando morreu, em 1958, a empresa da família foi herdada por um primo, Yves Lanvin.

Da metade da década de 60 até os anos 90, a direção da empresa foi de seu filho, Bernard Lanvin, com sede na Rue de Tilsitt. O banco britânico Midland comprou uma parcela da empresa em 1989 e, no ano seguinte, vendeu suas ações para a Orcofi, holding francesa comandada pela família Vuitton. Em 1994, a L’Oréal começou a adquirir cotas da maison Lanvin e, em dois anos, já era única proprietária da empresa. Outra mudança veio em 2001 – quando foi comprada da L’Oréal pelo grupo de investimentos Harmonie, comandado pela magnata das comunicações taiwanesa Shaw-Lan Wang.

Em 2018, um novo direcionamento, com a aquisição do Fosun Fashion Group, conglomerado chinês que já detém marcas como Sergio Rossi, Caruso, Wolford, St. John e Tom Tailor e, em outubro, mudou seu nome para Lanvin Group. Esse conglomerado em formação é o braço de moda do Fosun International Group, gigante que atua em muitos segmentos de mercado, inclusive no hoteleiro (é dono do Club Med, por exemplo).

Fase brasileira

De 1996 a 1998, o Brasil ouviu falar muito de Lanvin. Foi nesse período que o estilista Ocimar Versolato, nascido em São Bernardo do Campo, comandou a direção criativa da coleção feminina da grife, aos 35 anos. Versolato mudou-se para Paris em 1987 e, sete anos mais tarde, lançou a primeira coleção de alta costura. O trabalho para sua marca própria, ainda durante os anos em que esteve na Lanvin, contrariava os interesses da maison, que exigia dedicação exclusiva do estilista. Versolato foi então substituído pela espanhola Cristina Ortiz.

Alber Elbaz, um capítulo à parte

Quando a Harmonie assumiu os negócios da Lanvin, Shaw-Lan Wang tratou de escolher um novo nome para comandar o estilo: o marroquino Alber Elbaz. Nascido em Casablanca em 1961 e criado em Israel, o estilista havia trabalhado nas maisons Guy Laroche e Yves Saint Laurent antes de assumir o posto.

Elbaz se envolveu em cada detalhe da imagem da marca, da criação ao projeto das lojas e inaugurou uma nova era para a grife. Com total liberdade criativa, deu uma injeção de vigor à essência da marca e ao longo dos anos atraiu fãs de prestígio como as estrelas de Hollywood Nicole Kidman e Natalie Portman, a top Kate Moss, a cineasta Sofia Coppola e até mesmo a primeira-dama norte-americana Michelle Obama – que, em 2009, alavancou as vendas de um tênis da marca com cadarço de fita ao ser fotografada usando o calçado em Washington.

Notadamente gentil, avesso aos holofotes e adorado por cada integrante da equipe, Elbaz foi capaz de resgatar o clima familiar das origens da marca, ainda que com enorme prestígio global, e há rumores de que tenha recusado o convite da Dior, em 2012, com a demissão de John Galliano. Sua trajetória na Lanvin chegou ao fim em 2015 e, desde então, os designers Bouchra Jarrar e Olivier Lapidus se sucederam no cargo.

Novo tempo

Com a chegada da Fosun, um novo criador: o francês Bruno Sialelli, que, até então, atuava como diretor criativo da divisão de moda masculina da espanhola Loewe. Soma passagens por Paco Rabanne e Balenciaga.

Os óculos Lanvin

Os anos 80 foram o ponto de partida para a concepção das armações e dos solares Lanvin. As criações da Marchon passeiam pelos códigos da grife bebendo em referências daquela década, propondo um novo modernismo.

São seis os ícones Lanvin:

Mother & Child

Essência da grife e da coleção de óculos, tem como inspiração o amor de Jeanne Lanvin pela filha Marguerite, que ficou eternizado no símbolo da maison concebido em estilo art déco pelo ilustrador francês Paul Iribe, e é celebrizado nas hastes.

Arpège

O frasco do mais icônico perfume da Lanvin, o Arpège, um presente de aniversário de Jeanne para a filha Marguerite em 1927, é a referência e ganha forma de detalhes especiais nas armações.

Rateau

Este código remete às criações art dèco do famoso arquiteto e decorador francês Armand-Albert Rateau. Em parceria com Rateau, Madame Lanvin criou uma loja dedicada à arte de viver no número 15 da Faubourg Saint-Honoré, que reunia móveis, tapetes cortinas, vitrais, papéis de parede etc.

Nos óculos, as linhas sinuosas dos móveis da época e os detalhes das criações de Rateau são reproduzidas nas hastes de peças de metal com design sofisticado.

JL

As iniciais de Jeanne Lanvin batizam as peças da linha masculina, que apostam em formatos clássicos e estilos clean.

Signature

É a versão logomania da Lanvin, com a aplicação do logo nas hastes de armações e solares.

Babe

Os arquivos de Madame Lanvin renderam este código que remonta aos anos 1950 e 1960 com hastes de metal torcido combinadas com elegantes frontais de acetato e metal.

A campanha

A herdeira e celebridade norte-americana Paris Hilton é o rosto da Lanvin Eyeewar nesta temporada em uma campanha assinada por uma das duplas mais bombadas da fotografia de moda do planeta, o turco Mert Alas e o britânico Marcus Piggott, que assinam seus trabalhos como “Mert and Marcus”.

A proposta foi reinterpretar os looks das socialites nova-iorquinas, que eram conhecidas como “swans” em décadas passadas, trazendo à luz a “swan” dos dias de hoje: a influencer. Para isso, nada melhor que convocar Paris Hilton para estrelar a campanha, uma das primeiras personalidades a estabelecer uma nova relação com mídia e público há cerca de 20 anos, e que segue ganhando projeção com a chegada das redes sociais.