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Novidade no universo das marcas independentes. E vem da Bélgica!

Forças belgas do design óptico se unem: os irmãos Mik, Jan e Toon Somers, proprietários da Theo Eyewear (cuja pronúncia correta parece ser Tai-O, mas aqui no Brasil a gente se acostumou a falar “Téo”) se tornou coacionista da Komono, ambas com sede na cidade de Antuérpia.

A Theo permanecerá uma empresa independente, sem mudanças operacionais, e a administração da Komono segue nas mãos do cofundador Anton Janssens e o executivo Carl Liekens como diretor operacional. Os irmãos Somers assumirão um papel consultivo e se concentrarão no desenvolvimento da Komono no mercado óptico, preservando totalmente o espírito da marca. A adição dos irmãos Somers representa quase quatro décadas de experiência na indústria óptica para a Komono.

Janssens, um ex-atleta profissional de snowboard, fundou a Komono em 2009. Ele afirma ambas as partes têm paixão pelo design e qualidade, têm suas raízes em Antuérpia e conquistaram uma posição única e forte em seus segmentos. “Imediatamente soubemos que tínhamos que trabalhar juntos”, revelou.

Janssens também comentou que esta parceria atende as necessidades atuais e futuras estabelecidas pelo mercado óptico, já que, por conta de muitas aquisições e do crescimento das grandes corporações, há uma grande demanda por marcas independentes com uma visão forte e identidade de marca. “Isso é algo que a Theo e a Komono têm, sem competir, pois nos concentramos em um público-alvo diferente. Além disso, juntos, será mais fácil estabelecer parcerias estratégicas com varejistas”, completou.

Já Mik, um dos irmãos Somers, declarou ver uma grande oportunidade no canal óptico para a Komono. “A empresa compartilha muitos valores com a Theo e também é complementar em termos estéticos e de preço. Uma resposta perfeita às mudanças e às demandas do mercado. Trata-se de um match made in Antuérpia”. Ao lado de marcas como as francesas Alain Mikli e JFRey (ou JFRey para o público norte-americano) e a californiana l.a.eyeworks, a Theo compõe a vanguarda do design óptico, que começou a revolucionar os óculos (e o mundo) desde o começo da década de 80.

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Safilo em negociações avançadas para vender uma de suas fábricas

Em março, quando apresentou seus resultados referentes a 2022, a Safilo anunciou a intenção de avaliar a transferência da fábrica de Longarone para terceiros, visando preservar o know-how do local e minimizar o impacto social com a manutenção dos postos de trabalho. Posteriormente, foram divulgadas notícias sobre negociações avançadas com a Thélios, empresa do grupo LVMH, e também sobre o interesse de um empresário italiano.

Primeiro, confirmou, por meio de comunicado oficial expedido na última semana de junho, a existência de “negociações avançadas” com a Thélios Eyewear. Cerca de 10 dias mais tarde – mais precisamente em 5 de julho -, comunicou negociações avançadas com o empresário italiano Carlo Fulchir e afirmou que essas negociações permitiriam a preservação do potencial técnico da fábrica e a realocação completa dos 458 funcionários.

O empresário italiano Carlo Fulchir é ligado a várias empresas, incluindo a produtora italiana de óculos iVision Eyewear, que é parte da iVision Tech. Em outubro de 2020, a iVision Tech assumiu a fábrica da Safilo em Martignacco, com mais de 150 funcionários com duas décadas de experiência na indústria de óculos.

A Safilo acredita que, graças ao total envolvimento das partes sociais e das instituições, o processo de negociação poderá ser concluído de forma ágil.

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Associação norte-americana de optometria assina compromisso para promover oportunidades para optometristas negros

O conselho administrativo da Associação Norte-Americana de Optometria (AOA) anunciou que promoverá ações estratégicas para criar oportunidades aos optometristas negros de hoje e do futuro e trabalhar para formar um amplo grupo de candidatos à profissão.

Essa iniciativa se deu no primeiro encontro do conselho da associação com os executivos da Black EyeCare Perspective (BEP), organização formada por profissionais de saúde visual negros nos Estados Unidos, que, por meio de iniciativas, programas educacionais, networking e advocacia, busca fortalecer e capacitar optometristas negros, promovendo o crescimento profissional, o acesso a oportunidades de carreira e o avanço da igualdade na profissão. Além disso, a Black EyeCare Perspective colabora com outras organizações, instituições e líderes do setor para promover mudanças positivas e criar um ambiente inclusivo para profissionais de saúde ocular negros.

Mais que anunciar ações estratégicas, a Associação Norte-Americana de Optometria assinou o Compromisso 13% da Black EyeCare Perspective, cujo objetivo é oficialmente declarar e tornar público o comprometimento de avaliar e colaborar para criar e manter um padrão de igualdade na profissão, melhorando e aumentando a representação de negros e afro-americanos na indústria de cuidados com a visão, garantindo que suas vozes sejam ouvidas, suas contribuições sejam valorizadas e suas oportunidades de crescimento e desenvolvimento profissional sejam ampliadas de forma a se aproximar mais de sua representação na população geral dos Estados Unidos. Pois é daí que vem o nome “Compromisso 13%”, que se refere ao fato de que aproximadamente 13,4% da população dos Estados Unidos se identificar como negra ou afro-americana, de acordo com dados do censo local.

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Estudo revela que 1 em cada 3 europeus considera aceitável comprar produtos falsificados

Isso mesmo. A fonte é o site de notícias da Mido, o WMido, e revela que, de acordo com uma nova pesquisa de opinião sobre propriedade intelectual, publicado pelo Escritório de Propriedade Intelectual da União Europeia (EUIPO), os europeus estão cada vez mais conscientes dos riscos e consequências de comprar produtos falsificados e acessar conteúdos por meio de fontes ilegais.

O estudo aponta que 80% dos europeus estão convencidos de que produtos falsificados são resultado de atividades criminosas e que adquirir tais produtos é prejudicial para empresas e para o mercado de trabalho. Além disso, 83% dos entrevistados afirmaram que esse comportamento de compra é antiético, e dois terços acreditam que representa uma ameaça à saúde, à segurança e ao meio ambiente.

No que diz respeito à pirataria, 82% dos europeus concordam que adquirir conteúdo digital de fontes ilegais envolve riscos perigosos, como golpes ou conteúdo inadequado para menores de idade.

No entanto, apesar desses resultados positivos, o estudo também indica que 1 em cada 3 europeus (31%) considera aceitável comprar produtos falsificados quando o preço do item original é muito alto. E esse número aumenta para 1 em cada 2 pessoas (50%) no caso de consumidores mais jovens, entre 15 e 24 anos.

Quanto ao comportamento dos consumidores na vida real, 13% dos europeus afirmaram ter comprado intencionalmente produtos falsificados nos últimos 12 meses. Esse número sobe para 26% entre pessoas com idades entre 15 e 24 anos, o dobro da média da União Europeia, enquanto cai para 6% na faixa etária entre 55 anos e 64 anos e menos de 5% para pessoas com 65 anos ou mais.

Analisando agora em caráter nacional, a porcentagem de consumidores que comprou intencionalmente produtos falsificados varia de 24% na Bulgária a 8% na Finlândia. Além da Bulgária, a compra intencional de produtos falsificados é maior do que a média europeia nos seguintes países: Espanha (20%), Irlanda (19%), Luxemburgo (19%) e Romênia (18%).

Preços mais baixos para itens originais continuam sendo o incentivo mais citado (43%) para parar de comprar itens falsificados. Além disso, o risco de experiências negativas (itens de baixa qualidade para 27% das pessoas, riscos para a saúde e falta de segurança para 25% e sanções legais para 21%) é um fator chave para incentivar os consumidores a desistir da compra de produtos falsificados.

A incerteza em relação à autenticidade também está aumentando. Quase 4 europeus em cada 10 (39%) já se perguntaram se os produtos que compraram eram falsos e metade dos jovens entrevistados (52%) expressaram essa dúvida.

Há também uma diferença significativa entre os países membros da União Europeia: enquanto na Dinamarca e nos Países Baixos cerca de um quarto dos consumidores (26%) tem dúvidas sobre a autenticidade dos produtos que compraram, esse número sobe para 72% na Romênia. Os europeus também expressam incerteza em relação à legalidade das fontes que usam para conteúdos on-line: 41% expressam dúvidas sobre a legalidade das fontes que utilizaram.

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De Rigo celebra os 40 anos da Police em Roma

No final de junho, a corporação italiana recebeu mais de 500 convidados de 80 países (entre parceiros, subsidiárias, clientes, distribuidores e licenciados) para comemorar as quatro décadas da Police. O cenário? O Salone delle Fontane, em Roma, centro de eventos construído para a Exposição Universal prevista para 1942 e que é considerado um dos ícones da arquitetura racionalista italiana.

O tema foi “Daring Evolution” (do inglês, algo como “Audácia Evolutiva”), promovendo uma jornada pelo mundo da Police. Depois da história dessa marca que começou como óculos e nos últimos 20 anos se transformou em uma marca de estilo de vida com coleções de relógios, perfumes, roupas e acessórios de couro, foram mostradas as diversas estratégias para os próximos anos. Entre elas, o projeto de varejo da Police, um plano que visa expandir a presença de lojas e quiosques de estilo de vida da marca na Europa e em seus mercados mais representativos. A bem-sucedida parceria com a equipe Mercedes-AMG Petronas de Fórmula 1 também foi destaque do evento, inclusive pela presença do convidado especial Mick Schumacher, filho do primeiro heptacampeão da categoria, Michael Schumacher.

Uma incursão ao futuro fechou a festa de 40 anos da marca, com uma sugestiva prévia de um modelo de óculos solares Police para 2033, que será armazenado em uma cápsula do tempo pelos próximos dez anos, e será revelado apenas por ocasião do aniversário de 50 anos da marca.

Em 2022, a marca de estilo de vida Police expandiu o crescimento que começou em 2021, graças ao sucesso contínuo das diversas coleções e investimentos estratégicos. Os dados do final do ano revelam um aumento de 22% em valor em comparação com 2021, com um faturamento de varejo de estilo de vida que ultrapassou os € 300 milhões.

Presente em mais de 100 países, graças a uma ampla rede de distribuição para todas as categorias de produtos, é na Europa que a Police encontra seu mercado de destaque (50% do faturamento total), com vendas impulsionadas pelos negócios na Itália, França, Alemanha, Espanha, Reino Unido e Portugal.

Fora do continente europeu, seus mercados mais importantes estão na Ásia (20% do faturamento total), onde o Japão é um dos principais, seguido por Índia, Coreia, Indonésia e China. O Oriente Médio e a África representam 14% do faturamento total, com destaque para os Emirados Árabes Unidos. Os Estados Unidos também têm experimentado recentemente um crescimento na distribuição e vendas.

Em termos de contribuição para o faturamento geral por categoria de produto, os óculos representam o principal negócio (52%). As fragrâncias, ao lado de relógios e joias, representam cada uma 20% do faturamento total e são, portanto, muito importantes para a distribuição da marca Police globalmente, seguidas por roupas e acessórios de couro.

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Expo Óptica 2024 já tem data confirmada

A feira de óptica número um do país, a Expo Óptica, que é promovida pela Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica), ocorrerá de 10 a 13 de abril (quarta-feira a sábado). O centro de exposições é o mesmo, o Expo Center Norte, na Vila Guilherme, em São Paulo, mas agora o evento deixa o pavilhão Azul, que ocupou nos últimos anos, para ser realizada no pavilhão Vermelho. Assim, contará com mais 1 mil metros quadrados de área de exposição disponíveis em relação a 2023.

Nada melhor para comemorar os 20 anos da feira, que nasceu como “Abióptica”, em 2003. A diretora executiva da Abióptica, Ambra Sinkoc, revela que o pedido de aumento da área de exposição foi feito por 51,7% dos expositores associados, segundo a pesquisa de satisfação realizada após a Expo Óptica 2023. Além disso, 100% dos expositores confirmaram presença na edição de 2024.

Como forma de incentivar ainda mais o setor, o conselho de administração da Abióptica decidiu manter a estratégia de preços reduzidos para os associados que desejam expor na feira. Em 3 de julho, a organização do evento enviou a planta do pavilhão Vermelho em primeira mão a seus associados como forma de preparação para a webconferência exclusiva marcada para o dia 18 de julho, quando os espaços serão oficialmente vendidos.

Para quem gosta de se organizar com antecedência, já pode anotar na agenda e começar a planejar a visita à feira. Afinal, será a edição de número 20! Eu já tô com roupa de ir. A gente se encontra lá né?

E por falar em comemoração, a Abióptica está celebrando 26 anos de existência. Segundo Ambra Sinkoc, a associação também celebra a recuperação do setor. “Em três anos superamos todas as dificuldades impostas pela pandemia e o faturamento do mercado em 2024 será superior ao de 2019”. E quando se fala de varejo, a estimativa é que vendas deverão registrar desempenho superior a 10% em relação ao apurado em 2022, que foi de mais de R$ 24 bilhões.

Atualmente, a Abióptica reúne, entre seus associados, 95% de todas as marcas e grifes comercializadas no país. São cerca de 160 empresas ligadas tanto à indústria quanto ao varejo, que são responsáveis por 184 mil empregos.

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Marcas independentes no berço do Renascimento

Definitivamente, setembro é o mês do segundo semestres mais estratégico para a óptica mundial em termos de feiras. Além da norte-americana Vision Expo West, da brasileira Ajorsul Fair Mercoóptica e da francesa Silmo Paris, sobre as quais eu falei no episódio anterior deste podcast, há também a DaTe Eyewear, que ocorrerá em 9 e 10 de setembro (sábado e domingo) na Stazione Leopolda, em Florença.

O evento já está em sua 11ª edição e é o paraíso das marcas independentes. É, de fato, uma feira só de óculos. Não tem lentes, não tem máquinas ou produtos de qualquer outro segmento do universo óptico. Apenas óculos. Parafraseando o escritor argentino Jorge Luis Borges, que dizia sempre ter imaginado que o paraíso era uma espécie de livraria, o paraíso para nós, que amamos óculos, deve ser uma espécie de Date Eyewear, com um espetáculo de marcas independentes. Show de criatividade!

O tema da DaTE Eyewear para este ano é a busca de novos mundos, focada na constante evolução da cena contemporânea internacional de óculos. O evento introduzirá novas linguagens estilísticas com referências ao mundo natural, onde o olhar (antes mesmo dos óculos) é o ponto focal e os olhos são ferramentas com as quais ver, observar e refletir – a partir de perspectivas pessoais e inéditas.

Inscrições abertas aqui.

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Feira alemã abrirá 2024 de olho na sustentabilidade

A opti, também conhecida como feira de Munique, anunciou o lançamento do Prêmio opti Sustentabilidade 2024 para ópticos. A premiação será apresentado na edição de 2024 do evento, que ocorrerá de 12 a 14 de janeiro. Com base nos três pilares dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, a opti convida ópticos alemães e estrangeiros a apresentarem suas práticas de sustentabilidade, que podem ser, de acordo com o comunicado oficial, “iniciativas relevantes das empresas, como design das instalações comerciais, abordagens relevantes para evitar microplásticos, fornecimento de energia alternativa, comportamento neutro em relação ao clima, diversidade dentro da força de trabalho etc.”.

A Associação para Sustentabilidade em Óptica Oftálmica, formada em 2022, avaliará as inscrições na forma de um júri. As inscrições podem ser feitas on-line no site da opti até 15 de novembro.

As apresentações dos finalistas selecionados, a decisão do júri e a cerimônia de premiação serão realizadas ao vivo no espaço opti Sustainability Hub durante a feira, na sexta-feira, 12 de janeiro. O prêmio consiste em uma premiação honorária no valor de € 5 mil.

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O ranking do varejo óptico norte-americano em 2023

A publicação Vision Monday, editada pela Jobson Publishing, divulgou a versão 2023 de seu ranking do varejo óptico. O relatório analisa as vendas e o número de localizações das principais varejistas do país, incluindo grandes redes e clubes de compras, com base nas informações do ano de 2022 e estimativas da Vision Monday. Segundo o relatório, as vendas coletivas dos 50 principais varejistas dos Estados Unidos tiveram um aumento de 4,0% em 2022 em comparação com 2021, totalizando cerca de US$ 18,7 bilhões provenientes de 16.209 pontos de venda.

O processo de consolidação continua dando tom ao cenário das 50 principais varejistas, enquanto investimentos em operações e tecnologia têm ajudado novas empresas a surgirem no mercado. No entanto, também houve crescimento orgânico (abertura de novas lojas e escritórios) para muitos participantes do ranking. Neste ano, oito empresas estrearam na lista das 50 principais varejistas da VM.

Vários varejistas relataram à VM sobre seu contínuo investimento em operações internas, treinamento de equipes, recrutamento de executivos e colaboradores, além de novas tecnologias digitais. Essas iniciativas incluem melhorias na eficiência, criação de uma melhor experiência para o consumidor, exposição de produtos e experimentação virtual ou vendas on-line.

Como era de se esperar, a EssilorLuxottica ocupa não apenas o topo do ranking dos maiores varejistas de óptica norte-americanos, mas também o segundo lugar.

A primeira colocada é a Vision Source, a maior rede de optometristas de práticas privadas da América do Norte. Tem 2.994 consultórios optométricos de propriedade local nos Estados Unidos, com 4,5 mi médicos em 2022. A Vision Source faz parte da Essilor of America desde 2015, uma divisão da EssilorLuxottica. De acordo com a lei de franquias, a Vision Source é uma franqueadora e seus membros são franqueados que possuem suas respectivas práticas.

A segunda colocada é a divisão de varejo da EssilorLuxottica, a Luxottica Retail, com negócios de US$ 2,5 bilhões e 2.173 pontos de venda, um crescimento de 3,4% em relação ao ano anterior. Entre as bandeiras que opera nos Estados Unidos estão a LensCrafters, com 930 lojas – 96 delas no interior da loja de departamentos Macy’s; a Pearle Vision com 513 unidades (combinadas entre 63 lojas próprias e 450 franquias); a Target Optical com 562 pontos de venda; a For Eyes com 108 locações; além das lojas de suas marcas próprias como 29 unidades de Ray-Ban, 25 de Oliver Peoples, 3 de Optical Shop of Aspen (também conhecida pela sigla OSA), 2 de Persol e 1 de Alain Mikli.

No terceiro lugar, a National Vision Holdings como 1.354 lojas.

Em quarto, Walmart com 3.422 pontos de venda no interior tanto do Walmart quanto do Sam’s Club.

Em quinto, a EyeCare Partners, rede integrada de oftalmogistas e optometristas, com mais de 1 mil unidades que opera sob seis bandeiras diferentes: Clarkson Eyecare, Nationwide Vision, EyeCare Associates, eyecarecenter, The EyeDoctors Optometrists e Grene Vision Group.

Em sexto, a Costco Optical, a rede de 555 ópticas no interior do clube de vendas Costco Wholesale.

Em sétimo, a Capital Vision Services/MyEyeDr. com 852 unidades.

Em oitavo, a Visionworks of America, que unificou suas lojas pelo país sob o nome Visionworks, que fechou o ano com 745 lojas.

Em nono, a Warby Parker, a rede que nasceu iconoclasta e digital na década passada, mas que cresceu de fato com a abertura de lojas físicas, que atualmente, com 200 pontos de venda, responde por 60% das vendas.

Por fim, em décimo lugar, a Keplr Vision, que opera 284 unidades.

Aqui você pode baixar as versões originais, em inglês, do ranking deste ano e do ano passado.

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A dança das cadeiras no licenciamento de grifes e marcas no mercado óptico

Safilo e Tommy Hilfiger anteciparam a renovação do acordo global de licenciamento para design, produção e comercialização da coleção de óculos marca norte-americana, que pertence à PVH Corp., agora válida até 31 de dezembro de 2030. As duas empresas começaram sua parceria em 2010.

Safilo renova com Tommy Hilfiger

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Jimmy Choo diz adeus a Safilo e dá oi para a EssilorLuxottica. Primeiro, foi a vez da Safilo anunciar em 23 de junho o término do acordo de licenciamento com a grife inglesa que se tornou objeto de desejo quando o assunto é vestir os pés. Segundo o comunicado oficial, até 31 de dezembro, data de expiração do contrato, as empresas continuarão trabalhando juntas até a conclusão do acordo, porém, não haveria renovação do contrato, que se estendeu por 15 anos.

Seis dias mais tarde, em 29 de junho, foi a vez de a EssilorLuxottica vir a público para informar a assinatura do acordo de licenciamento exclusivo para criação, fabricação e distribuição mundial da coleção de óculos Jimmy Choo. O acordo terá validade a partir de 1º de janeiro de 2024 a 31 de dezembro de 2028, com opção de renovação automática por mais cinco anos. A primeira coleção fruto dessa parceria será lançada no primeiro trimestre de 2024. As coleções serão desenvolvidas sob a liderança da diretora criativa da Jimmy Choo, Sandra Choi.

Jimmy Choo com a EssilorLuxottica a partir de 2024

Em 2017, a Jimmy Choo foi adquirida pela Capri Holdings, um míni conglomerado de grifes de moda de propriedade do designer norte-americano Michael Kors, que, além de sua marca e da Jimmy Choo, também tem a italiana Versace em seu portfólio. Assim, com a chegada da Jimmy Choo à EssilorLuxottica, as coleções de óculos das três grifes ficam a cargo da corporação franco-italiana.

Lá no meu Instagram, tem Sommelière de Pronúncia tanto de Tommy Hilfiger quanto de Jimmy Choo. E, além de eu revelar a pronúncia correta das duas com direito à áudio, conto a história das grifes.

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Pega a visáo: a bolha estourou e deu ruim!

Semana passada, conferindo meu feed do Twitter, esbarrei com o testemunho de uma consumidora de óculos que desejava não ter sido uma ficção. Que desejava que ninguém passasse por isso.

Ela relata que foi a uma clínica oftalmológica porque já fazia mais de 5 anos que não atualizava seu exame de vista e sentiu que a visão havia piorado.

Da consulta, ela saiu satisfeita, foi bem atendida, e suas suspeitas haviam se confirmado: a miopia aumentou e o astigmatismo deu as caras. Mas aí começou a perturbação. Uma pessoa já a esperava simplesmente na porta do consultório com o argumento de que queria “carimbar a receita”.

Apesar de a consumidora dizer, de forma assertiva, que já tinha sua óptica de confiança, a funcionária entrega um orçamento da óptica da clínica. Ela insistia e não devolvia a receita. E aí vem uma enxurrada de argumentos – “o plano de saúde dá desconto”, “a óptica é muito boa!”, “veja o orçamento e aí você compara com o da sua óptica” e por aí vai. Ela foi tão metralhada que caiu rendida e aceitou que a mulher a levasse à óptica.

Aí, segundo ela, a perturbação só piorou. Mesmo falando da óptica de confiança, que levaria o orçamento mas queria pensar (ou melhor, escapar dali), ela não deixava a cliente ir embora. Baixava o preço, chamava o gerente para diminuir mais e ela não devolvia a receita por nada e ainda sugeria que a cliente ligasse para o pai para que ele desse ok na compra ou que deixasse um adiantamento, pelo menos. Só que, em momento algum, ela disse que compraria os óculos!

Ela não aguentou e precisou ser ríspida. Deu a desculpa de que precisava do ok do pai e que se a funcionária deixasse o nome dela e o valor exato e ela voltaria, caso pudesse. Só que, nessa altura, havia outras três pessoas em volta querendo que ela pagasse um sinal e fizesse os óculos.

Mesmo dizendo “não, obrigada!” de um jeito firme várias vezes, ela estava enredada. Lá pelas tantas, ela diz que é culpa dela não ter escapado da situação. Menina, você não tem culpa de nada, você é vítima!

E sabe o que é pior? Os tweets dela tiveram um bom alcance, teve uma chuva de comentários e a maioria dizia que já tinha passado por situação semelhante ao comprar seus óculos. Teve até uma pessoa que contou que foi dessa forma que venderam um par de óculos de R$ 6 mil para a tia de idade que ganha um salário-mínimo…

Pega a Visão: em nome da óptica profissional, que entrega qualidade, empatia, conhecimento, resgate da autoestima, conforto visual, tecnologia e a melhor orientação possível ao consumidor, eu peço desculpas a todos e que bom que você, menina do Twitter, tem sua óptica de confiança e sabe que comprar óculos pode ser uma experiência legal. E deixo uma dica: tenha sempre em mãos seu celular e, ainda no consultório, independentemente da especialidade, fotografe a receita e todos os papeis que receber e achar necessário, porque aí, se te pegarem a receita, você dá as costas e sai linda com seu a imagem no seu celular!

Não domino os códigos do Direito, mas, para mim, isso é assédio e coação! A chance de você que está ouvindo este podcast ser do mercado óptico é grande, portanto, se tiver a oportunidade, participe e trabalhe para que isso deixe de acontecer. O que podemos fazer juntos? Eu me disponho a ajudar! Isso é péssimo! Há muitos lojistas e consultores ópticos pelo Brasil afora se empenhando muito para proporcionar ótimas experiências aos consumidores e a gente precisa ter cada vez mais profissionais dessa estirpe em vez de assediadores.

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Vai lá!

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